ESPECIE DESTACADA DEL MES DE JULIO:
Planeadora Errante (Wandering Glider)
Para este mes la especie destacada de la DSA es la Planeadora Errante (Pantala flavescens), esta es la especie de odonato más ampliamente distribuido en el mundo. La Planeadora Errante, o "Globe Skimmer", como se lo conoce a veces, se encuentra en todos los continentes excepto en la Antártida (aunque es sorprendentemente raro en Europa). Mide un poco menos de cinco centímetros (o menos de las 2 pulgadas). Esta especie se reproduce en estanques poco profundos y viaja miles de kilómetros en migración. Sigue leyendo para que veas cómo esta especie aparece en un increíble evento de migración, visto por nuestro bloguero invitado para el mes de julio, el Dr. Dennis Paulson, en México.
Maravillas de la Migración
Al vivir en el área de Puget Sound, en el estado de Washington en los Estados Unidos, solo veo dos especies de libélulas migratorias, “Common Green Darner” (Anax junius) y “Variegated Meadowhawk” (Sympetrum corruptum). Y no las veo migrar con mucha frecuencia. Aparecen en la primavera y su descendencia desaparece en el otoño. Cuando me pidieron que escribiera sobre una especie en particular para este blog, inmediatamente pensé en las especies de libélulas migratorias, incluyendo a la planeadora errante (Pantala flavescens), y en un vuelo espectacular que observé.
El 13 de septiembre de 2001, Netta Smith y yo estuvimos en una playa en Matanchen, Nayarit, México durante dos horas por la tarde. Hacía mucho calor y estaba soleado. El día anterior había pasado una gran tormenta, con vientos muy fuertes y lluvias torrenciales. Miles de libélulas volaban a lo largo del lado oeste de la bahía, dirigiéndose hacia el norte con una ligera brisa del norte. Todas parecían dirigirse en la misma dirección, sin desviaciones y con un movimiento de avance lento pero constante. Volaron desde el nivel del suelo hasta unos 10 metros de altura, muchos de ellos sobre el agua a unos 50 metros de la costa.
La especie más común, por mucho fue Pantala hymenaea (Planeadora de Alas Manchadas), pero otras especies como Erythemis vesiculosa (Halcones de los estanques), Pantala flavescens (Planeadora errante) y Tramea onusta (Libélulas de alforjas rojas) también eran comunes. Finalmente, unos pocos individuos de Brachymesia herbida (Banderines rojizos), Erythrodiplax funerea (dragoncitos de alas negras), Miathyria marcella (Planeadoras de los jacintos) y Miathyria simplex (Planeadoras enanas) hacían parte del resto de las especies que vimos esa tarde.
Durante los 15 minutos que estuvimos observando de cerca el vuelo, aproximadamente cinco individuos por segundo nos pasaban a la velocidad máxima, hasta un individuo por segundo en tiempos más lentos. Al mismo tiempo, había enjambres de cientos de libélulas volando en las arboledas cercanas, pero sin ningún movimiento direccional. Estos densos enjambres incluían muchas Miathyria simplex, con algunas Pantala flavescens mezcladas. Estas dos especies figuraban de manera prominente en los cientos de libélulas que colgaban en filas de las ramas desnudas de un árbol caído en un claro cerca de la playa. Todas las libélulas posadas parecían estar en este árbol. Además muchas de estas eran abundantes en todos los estanques de agua dulce y salobres a lo largo del camino a la playa esa tarde.
Dos días después, ya no hubo vuelo en la playa. No hay enjambres estacionarios. ¡No había congregaciones de libélulas posadas! Los estanques estaban casi libres de libélulas.
Interpreté este vuelo como una respuesta a la tormenta de la tarde anterior. Los fuertes vientos y las fuertes lluvias pueden haber concentrado las libélulas. Cuando las observamos, llegué a la conclusión de que se estaban trasladando tierra adentro. Estos vuelos unidireccionales suelen clasificarse como migraciones. ¡Eso es lo que me pareció a mi!
Nuestro bloguero invitado de julio es el Dr. Dennis Paulson. Recibió un doctorado. en Zoología de la Universidad de Miami, e impartió cursos universitarios y de educación para adultos sobre historia natural durante más de tres décadas. El Dr. Paulson se jubiló recientemente después de 15 años como Director del Museo Slater de Historia Natural en la Universidad de Puget Sound. Es autor de: Dragonflies and Damselflies: A Natural History; Dragonflies and Damselflies of the East; Dragonflies and Damselflies of the West, y muchos otros libros de historia natural y guías de campo.
Traducción: Melissa Sanchez Herrera
Espécie do MÊS
Espécie destaque de julho:
Wandering Glider (Planadora-Errante)
A espécie foco deste mês na DSA é a popularmente conhecida como “Wandering Glider”, ou “Planadora-Errante” (Pantala flavescens), nossa espécie de Odonata mais bem distribuída. A Planadora-Errante, às vezes também conhecida como “Globe Skimmer”, algo como “Flutua-pelo-Globo”, é encontrada em todos os continentes com exceção da Antártica (embora seja também surpreendentemente rara na Europa). Seu tamanho chega a quase cinco centímetros. A Planadora-Errante se reproduz em lagoas rasas e viaja milhares de quilômetros em migração. Leia abaixo para entender como esta espécie se destaca em um incrível evento de migração, que foi acompanhado no México pelo nosso blogueiro convidado, Dr. Dennis Paulson.
Maravilhas da Migração
Vivendo na área de Puget Sound do estado de Washington, nos Estados Unidos, eu observo apenas duas espécies migratórias de libélulas: Anax junius (Common Green Darner, algo como Agulha-Verde-Comum) e Sympetrum corruptum (Variegated Meadowhawk, que pode se traduzir como Gavião-do-Prado-Variegado ou Colorido, em referência ao seu abdômen). Mesmo assim, eu não as vejo migrando tão frequentemente. Elas aparecem na primavera, e a sua prole desaparece no outono. Quando me foi pedido para escrever sobre uma espécie em particular para este blog, eu imediatamente pensei em espécies de libélulas migratórias, incluindo a Planadora-Errante (Pantala flavescens), além de um voo espetacular que eu observei.
Em 13 de Setembro de 2001, Netta Smith e eu estávamos em uma praia em Matanchen, Nayarit, no México, por duas horas em uma tarde. Estava muito quente e ensolarado. Uma grande tempestade tinha ocorrido no dia anterior, com ventos muito fortes e chuva torrencial. Milhares de libélulas estavam sobrevoando o lado oeste da baía, voando em direção ao norte, junto a uma leve brisa que soprava naquela direção. Todas elas pareciam estar se direcionando para o mesmo local, sem desvios, em um lento, porém constante movimento à frente. Elas voavam desde quase ao nível do solo até cerca de dez metros de altura, e muitas delas iam sobre a água, cerca de 50 metros da costa.
A espécie mais comum era, sem dúvidas, Pantala hymenaea (Spot-winged Glider, que pode se traduzir como Errante-de-Asa-Manchada), porém também era comum encontrar Erythemis vesiculosa (Great Pondhawks, algo como Grandes-Falcões-de-Lagoa), Pantala flavescens e também Tramea onusta (Red Saddlebags, algo como Libélula-Vermelha-com-Alforjes). Finalmente, algumas Brachymesia herbida (Tawny Pennants, Galhardetes-Amarelados), Erythrodiplax funerea (Black-winged Dragonlets, algo como Libélulas-de-Asa-Preta), Miathyria marcella (Hyacinth Gliders, Jacintas-Planadoras) e Miathyria simplex (Dwarf Gliders, Planadoras-Anãs) completaram o restante das espécies que observamos ali.
Durante 15 minutos de em que observamos os voos bem de perto, passavam por nós cerca de cinco indivíduos por segundo nos momentos mais movimentados; diminuindo para cerca de um indivíduo por segundo nos momentos de menor movimento. Ao mesmo tempo, havia enxames de centenas de libélulas voando sobre bosques ali perto, mas sem um movimento direcional aparente. Estes incluíam enxames muito densos de Miathyria marcella, com algumas Pantala flavescens misturadas ali. Estas duas espécies também figuram de maneira predominante entre as centenas de libélulas pousadas enfileiradas nos galhos secos de uma árvore caída numa clareira perto da praia. Naquele local, todas as libélulas que estavam descansando pareciam estar nesta mesma árvore. Libélulas eram abundantes também em todas as lagoas (de água doce ou salobra) que observamos ao longo da estrada naquela tarde.
Dois dias depois, já não havia mais voos na praia. Não havia mais enxames. Não havia mais descanso nos galhos secos! E as lagoas estavam virtualmente sem libélulas.
Eu interpretei este voo como uma resposta à tempestade que havia ocorrido na tarde do dia anterior. Os ventos fortes e a chuva pesada devem ter concentrado todas essas libélulas. Quando as observamos, eu concluí que elas estavam voltando para o interior. Estes voos unidirecionais são comumente classificados como migrações. Bom, foi isto que pareceu para mim!
Nosso blogueiro convidado de Julho é o Dr. Dennis Paulson. Ele concluiu seu Ph.D. em Zoologia pela Universidade de Miami e lecionou sobre História Natural nos níveis de educação superior e educação de adultos, por mais de três décadas. O Dr. Paulson se aposentou recentemente após 15 anos como diretor do Slater Museum of Natural History na Universidade de Puget Sound. Ele é autor dos livros Dragonflies and Damselflies: A Natural History; Dragonflies and Damselflies of the East; Dragonflies and Damselflies of the West, e de muitos outros livros sobre História Natural e Guias de Campo.
Tradução: Diogo Vilela